Acessibilidade 

Patrimônio Histórico e Cultural

Bens Imateriais

- Corporação Municipal

Tradição que ecoa há mais de um século!

Você sabia que a história das bandas de música em Dom Silvério começou antes mesmo da emancipação da cidade?
Um dos primeiros nomes dessa história foi o Professor Estanislau José da Trindade. Visionário, ele organizava ensaios e apresentações em um galpão e fazia de tudo: era maestro, músico, ensaiador e até roteirista de peças e filmes!
Anos depois, na década de 1930, surgiu a Banda São José, que animava festas tradicionais como a da Padroeira. Zé de Aquiles, um dos membros mais jovens da época, relembra os tempos de ouro da música local.
Em 1977, com apoio do então prefeito Afrânio Guimarães Cordeiro, nasceu a Corporação Musical Municipal Padre Felisberto, homenageando o querido Padre Felisberto Olímpio de Araújo.

A banda se destacou logo de cara, se apresentando em grandes eventos como o Festival de Bandas em BH e as comemorações de Tiradentes em Ouro Preto!
Ao longo dos anos, grandes maestros deixaram sua marca, como Geraldo Rodrigues, Pedro Paulo da Silva, Marcos Leonardo Cardoso e, mais recentemente, Lucas Carvalho da Silva, que hoje comanda a banda com a mesma paixão herdada do pai, o Maestro Pedro.
Com mais de 40 anos de história ininterrupta, a Corporação Musical Padre Felisberto continua sendo um símbolo de identidade e orgulho de Dom Silvério. Viva a música!
#DomSilvério #MúsicaÉCultura #CorporaçãoPadreFelisberto #TradiçãoMusical #OrgulhoSilveriense #BandasDeMúsica

- Congado

Congado de Dom Silvério: tradição, fé e resistência que atravessam gerações
Congado é uma manifestação cultural e religiosa de origem afro-brasileira, com raízes profundas nas tradições dos povos africanos trazidos para o Brasil durante o período da escravidão. É uma festa que mistura elementos de religiosidade católica, em particular a devoção a santos negros como Nossa Senhora do Rosário, com práticas e ritmos das culturas africanas.
É celebrado em Minas desde o Brasil Colonial, mas em Dom Silvério essa história tem início no começo do século XX, com Maricota do Chalé, vinda do município de Mariana, como grande incentivadora. O grupo cresceu e se fortaleceu até 1950, quando foi interrompido por questões religiosas.
Foram 30 anos de silêncio, até que em 1980, com muita fé e determinação, o mestre Ângelo Custódio reergueu o grupo — um marco na preservação da cultura afro-brasileira na cidade. Ele, que aprendeu os cantos e danças com antigos mestres, dedicou muitas décadas à tradição.
Com o apoio da comunidade, da igreja e da prefeitura, o Congado se fortaleceu nos anos 80 e 90, ganhou um nome oficial, diretoria e virou utilidade pública em 1989. Hoje, mesmo com algumas mudanças — como novos locais de ensaio, instrumentos comprados prontos e danças menos agitadas — a essência continua a mesma: celebrar a fé, a ancestralidade e a união.
É mais que festa: é história viva pulsando em cada passo.

#CongadoDeDomSilvério #CulturaPopular #TradiçãoMineira #FéEResistência #NossaSenhoraDoRosário #MemóriaViva

- Santuário Jubileu

Jubileu Perpétuo de Nossa Senhora da Saúde emociona fiéis em Dom Silvério
De 31 de julho a 15 de agosto, a terra de Nossa Senhora da Saúde vive todos os anos, intensos momentos de fé, devoção e tradição durante o Jubileu Perpétuo em homenagem à Mãe de Jesus.
As tradicionais coroações, que precedem as celebrações eucarísticas da Quinzena, são reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial de Dom Silvério. Com grande zelo e emoção, essas homenagens envolvem a participação de crianças, alunos de escolas, empresas, integrantes da APAE, gestantes, idosos e demais devotos, todos unidos no gesto simbólico de coroar a Padroeira.
Como acontece todos os anos, no dia 14 de agosto é realizada a emocionante procissão que relembra a chegada da imagem da Virgem da Saúde à cidade. O cortejo tem início no “Circuito” — local que marca o início da colonização em Dom Silvério — e segue em direção ao Santuário, sempre acompanhado pelo Congado e pela Corporação Musical Padre Felisberto. O trajeto, geralmente é enfeitado com tapetes ornamentais, luminárias, flores, velas e homenagens feitas com muito carinho pelos moradores.
A chegada da imagem ao Santuário é marcada pelo tradicional levantamento do mastro, simbolizando a fé renovada do povo. Com a cidade repleta de romeiros vindos de toda a região para pagar promessas e pedir graças à milagrosa Nossa Senhora da Saúde, Dom Silvério reafirma suas raízes e sua história com grande fervor.
O ponto alto das festividades acontece no dia 15 de agosto, Dia da Padroeira. Missas são celebradas ao longo de todo o dia, encerrando-se com a grandiosa procissão pelas ruas da cidade ao som da Corporação Musical Padre Felisberto, procissão essa, que ao retornar ao Santuário é recepcionada por emocionantes queimas de fogos. Uum dia repleto de fé, louvor e gratidão.

Bens Materiais

- Imagem de Nossa Senhora da Saúde

Nossa Senhora da Saúde: Uma História de Fé e Tradição
Por volta de 1755, o padre Domingos de Araújo se estabeleceu na região que hoje conhecemos como "Circuito", trazendo consigo cerca de 400 escravos. Seu objetivo era ocupar uma porção de terras naquele local.
Alguns anos depois, uma epidemia com febres de origem desconhecida assolou a comunidade. Diante da aflição, o padre reuniu todos para um momento de oração, pedindo socorro a Nossa Senhora da Saúde. Ele fez uma promessa à santa: se fossem salvos, construiriam uma capela em sua homenagem.
Fiel à promessa, o padre partiu para o Rio de Janeiro e retornou com a imagem de Nossa Senhora da Saúde — trazida nas costas de um escravizado. Enquanto isso, os demais haviam construído a capela, que recebeu a imagem com grande devoção. Desde então, ela passou a ser a padroeira da região.
Reconhecendo sua importância religiosa e histórica, a imagem foi oficialmente tombada pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Dom Silvério.

POR VOLTA DE 1.755, PROCEDENTE DA ENTÃO VILA DE ALVINÓPOLIS, TRANSFERIU-SE PARA ESSA REGIÃO O PADRE DOMINGOS DE ARAÚJO, COM CERCA DE 400 ESCRAVOS PARA APOSSAR-SE DE CERTA GLEBA DE TERRAS NO LOCAL HOJE DENOMINADO 'CIRCUITO'.
ALGUNS ANOS MAIS TARDE, UMA EPIDEMIA, COM FEBRES DE ORIGEM E NATUREZA DESCONHECIDAS ASSOLAVA A REGIÃO.
O PADRE REUNIU ENTÃO A ESCRAVATURA EM ORAÇÕES SUPLICANDO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE QUE OS SOCORRESSE, FINALIZANDO AS ORAÇÕES COM A PROMESSA À VIRGEM, DE LHE CONSTRUÍREM UMA CAPELA.
DIRIGIU-SE O PADRE AO RIO DE JANEIRO E, DE LÁ, TROUXE, NAS COSTAS DE UM ESCRAVO, A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE, ENTRONIZANDO-A NA CAPELA QUE OS DEMAIS SERVOS HAVIAM CONSTRUÍDO NO INTERVALO DA VIAGEM E CONFIANDO À SANTA O PATRONATO DA REGIÃO.
DADA A SUA IMPORTÂNCIA RELIGIOSA E HISTÓRICA A IMAGEM FOI TOMBADA PELO CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE DOM SILVÉRIO.
HOJE, 14 DE AGOSTO DE 2021, COMEMORAMOS 260 ANOS DE SUA CHEGADA E PARA CELEBRAR E ETERNIZAR ESSE MOMENTO ESTAMOS REALIZANDO O ATO DE LANÇAMENTO DO SELO PERSONALIZADO PRODUZIDO PELOS CORREIOS, EXCLUSIVAMENTE PARA A OCASIÃO.

- Pontilhão

Pontilhão de Ferro: um símbolo de progresso e memória em Dom Silvério
Inaugurado em 1887, o Pontilhão foi parte essencial da expansão da Estrada de Ferro Leopoldina entre os municípios de Itabira e Saúde, atual Dom Silvério. Construído pelo engenheiro inglês Modesto London Starling e pelo chefe de obras português José Nunes Cordeiro, o Pontilhão é formado por pedras e por elementos de ferro importados da Inglaterra. A execução demandou mão-de-obra escrava, levando mais de dez anos até sua conclusão final.
Como porto final da linha, promoveu grande desenvolvimento econômico à cidade devido ao abastecimento de mercadorias trazidas do Rio de Janeiro, capital brasileira naquela época, ao comércio atacadista da região; e ao escoamento da produção agrícola local, anteriormente realizado por tropeiros em lombo de burro. O trajeto de 500 quilómetros até o Rio de Janeiro, que levava dias para ser percorrido, passou a levar 24 horas com o construção da estrada de ferro.
A ferrovia foi desativada em 1964 com o surgimento das estradas rodoviárias e com a necessidade cada vez maior de rapidez nos meios de transporte.
Mas o Pontilhão de Ferro sobreviveu como um marco desse tempo de tanto progresso para Dom Silvério, se tornando um dos mais belos símbolos do município.

- Estação Ferroviária

O Legado da Estrada de Ferro Leopoldina em Dom Silvério
A história de Dom Silvério é profundamente marcada pela chegada da The Leopoldina Railway Company Limited (Companhia de Estrada de Ferro Leopoldina), em 1887. A ferrovia ligava o então distrito de Saúde (atual Dom Silvério) ao Rio de Janeiro, percorrendo 599 km em 24 horas — uma inovação comparada ao transporte por tropeiros, que levavam dias para cobrir a mesma distância.
Com a ferrovia, Saúde tornou-se ponto final da linha, ganhando importância como centro regional de abastecimento. O fluxo intenso de pessoas e mercadorias impulsionou o comércio, gerou desenvolvimento econômico e promoveu intercâmbio cultural com a capital do Império.
Um dos marcos dessa época foi a construção do Pontilhão, ponte metálica projetada pelo engenheiro inglês Modesto London Starling e construída com auxílio do mestre de obras português José Nunes Cordeiro. Com pedras de origem desconhecida e peças metálicas importadas da Inglaterra, a obra levou mais de uma década para ser concluída, utilizando mão de obra escravizada. Hoje, o Pontilhão é monumento histórico da cidade.
A ferrovia prosperou até o início do século XX. Em 1898, a empresa foi reorganizada, integrando a Linha do Centro (Porto Novo a Saúde). Em 1920, tornou-se a maior do país, com cerca de 2.900 km de trilhos. Porém, crises econômicas, guerras mundiais, altos custos e a concorrência com o transporte rodoviário levaram à sua decadência.
Em 2009, os imóveis da extinta RFFSA foram transferidos à Secretaria do Patrimônio da União, mas há disputas sobre a posse das terras onde se situam as edificações.
Em 2002, o Pontilhão, a Antiga Estação Ferroviária e o Armazém foram tombados como patrimônio municipal, reconhecidos como símbolos de um período de prosperidade e transformação para Dom Silvério.
A preservação desses espaços e suas histórias é essencial para manter viva a identidade do município e honrar o legado de todos que contribuíram para sua trajetória ferroviária.

- Jagode

A História da Companhia Força e Luz Saudense e o Surgimento da Energia Elétrica em Dom Silvério
Em 1925, a cidade de Dom Silvério testemunhou um marco no desenvolvimento urbano com a inauguração da Companhia Força e Luz Saudense, uma pequena usina hidrelétrica construída à margem da cachoeira do Rio de Peixe. A usina, que foi projetada para atender a crescente demanda de energia da cidade, envolveu a construção de um canal para desviar a água, já que a queda natural não era suficiente para gerar a energia necessária.
Com a chegada da eletricidade, as antigas lamparinas e lampiões começaram a ser substituídos pela luz elétrica, e os postes de ferro, semelhantes aos usados nas estradas de ferro, passaram a iluminar a cidade. Antigos moradores lembram com carinho da usina, que além de gerar empregos, se tornou um ponto de encontro e lazer para a população, especialmente nos fins de semana, quando muitos passeavam pelo canal.
Com o crescimento da cidade, a demanda por energia se intensificou, e a insatisfação com a oferta de eletricidade levou à desistência de alguns sócios. O Sr. Juca Aleixo acabou se tornando o sócio majoritário até que, na década de 1960, a CEMIG assumiu o fornecimento de energia elétrica no município.
Hoje, a Cachoeira do Jagode, que foi essencial para o funcionamento da usina, se tornou um dos principais cartões postais de Dom Silvério, relembrando um tempo de transformações e progresso para a cidade.
#DomSilvério #HistóriaViva #EnergiaElétrica #CulturaMineira #CachoeiraDoJagode #PatrimônioHistórico

 

 

Contato

Prefeitura Municipal de Dom Silvério

Praça Presidente Vargas, 143 – Centro - Dom Silvério/MG -  CEP: 35440-000 

  • dummy (31) 3857-1314

  • dummy ouvidoria@domsilverio.mg.gov.br

  • dummy Atendimento de Seg. à Qui.. de 08:00h a 17:00h - Sex. de 08:00h a 16:00h

  • dummy Siga no Facebook

  • dummy Siga no Instagram

Central de Ouvidoria

Recaptcha
Close Offcanvas

Pesquisar